Cronicário: O verdadeiro responsável pelo coronavírus
Mishael Mendes/ Inversível

O verdadeiro culpado pelo coronavírus

Surgido numa das metrópoles mais conectadas cuja mistura de tradição, natureza, tecnologia e criatividade atrai visitantes de diferentes países, uma ameaça obscura se alastrou pelo mundo em alta velocidade; causando morte e pavor.

Tamanha mortandade criou um clima de tensão e urgência por encontrar o verdadeiro responsável pelo coronavírus pra erradicar de vez toda disseminação, também pela possibilidade de criar uma vacina com mais agilidade. Porém, todas as tentativas de se apontar um denominador comum se mostraram falhas.

Acostumada à influência de seu país, logo após desprezar a gravidade da pandemia, a estrema direita dos Estados Unidos atribuiu a responsabilidade a China. Devolvendo o ataque, o Ministério das Relações Exteriores da China responsabilizou o exército americano por levar a epidemia após participar dos Jogos Militares Mundiais, realizados em Wuhan pouco antes da cidade se tornar no epicentro do COVID-19.

Só que essa caça as bruxas onde se responsabiliza um governo não passa de jogo político na tentativa de um desacreditar o outro. Até a pandemia – que desconhece fronteiras – se alastrar a ponto de Donald Trump ser obrigado a reconhecer que o país asiático não teve responsabilidade, enquanto as autoridades chinesas se preparam pra segunda onda de contágios.

O primeiro caso identificado de covid-19 foi o de uma vendedora do mercado de animais de Wuhan, mas diferente do que se imaginava a disseminação da doença não é culpa dos morcegos. E a tentativa de apontar seu desenvolvimento num laboratório secreto de biotecnologia acabou refutada por um estudo genético realizado por pesquisadores dos Estados Unidos, Escócia e Austrália, publicado na Nature Medicine, que evidencia a improbabilidade do coronavírus ter surgido através da manipulação laboratorial e, sim, como resultado de evolução natural após o contato com algum animal desconhecido.

Enquanto isso, os conspiracionistas apontaram as antenas 5G como culpadas. Enquanto alguns alertam que sua frequência menor da operação pode suprimir o sistema imunológico resultando em problemas respiratórios que nos tornam mais suscetíveis ao vírus; outros alegam que a transmissão foi realizada através da própria tecnologia.

Covid atacando a geral

Apesar de nosso organismo poder ser afetado por uma série de fatores como cansaço, alimentação, temperatura, poluição e estímulos, e mesmo ondas de rádio podendo causar alterações, sua radiação não é suficiente pra desregulá-lo – se assim fosse a gente não poderia usar celular ou micro-ondas; também é biologicamente impossível alguma torre de transmissão digital sintetizar uma estrutura formada por proteínas e ácido nucleico – por mais simples que um vírus seja – com o uso da tecnologia atual.

Ainda que haja falhas e negligência por parte do governo federal que incomodam – principalmente a mídia tendenciosa – fazendo algumas pessoas a reagirem batendo panelas enquanto outros, enquanto outros vão pras ruas a favor dele em plena crise pandêmica.

Todos esses movimentos só levam a uma conclusão: procurar culpados é perda de tempo total. Mais que responsabilizar algo, é preciso entender que mesmo existindo um causador ou transmissor, eles são meros agentes – ou meios pelos quais se chega a um fim – não os verdadeiros culpados pela situação crítica a qual temos vivido.

Ao observar a Bíblia, percebemos que quando algo de ruim sucedia à nação de Israel, como quando eram perseguidos e saqueados pelos inimigos [Juízes 6.1-6], assolados por pragas [Joel 1.4-7], devastados por males [Números 21.5-7], havia seca [1 Reis 17.1, 1 Reis 18.1] ou fome [2 Samuel 21.1], ou quando foram levados em cativeiro [Daniel 1.1-2], sabiam Quem era o responsável por aquilo. Então, reconheciam a potente mão do Senhor [Isaías 41.20], se voltando a Ele [Jeremias 29.13] ao invés de culpar e querer enfrentar quem os subjugava [Neemias 1.3-6].

Mas a percepção da responsabilidade pelo envio do mal era exclusiva da nação de Israel, os próprios filisteus o fizeram [1 Samuel 5.6-7], bem como Adoni-Bezeque [Juízes 1.4-7]. Até o próprio Nabucodonosor – o mais poderoso rei da Babilônia, que dominou o mundo antigo – após se recuperar de um surto de loucura reconheceu que, independente da força, desejo, intelecto e garra, tudo o que conquistou só foi possível porque D-s assim o quis [Daniel 4.25-37].

Criação do homem

Se há um responsável pela aflição que tomou o mundo, ela é total de D-s [2 Crônicas 7.13], que permitiu esse tempo pra gente se achegar a ele, pra termos mais comunhão, porque buscá-lo é o que nos trará cura [2 Crônicas 7.14]. Tempos de aflição servem pra nos aproximar de D-s, enquanto o isolamento cria a oportunidade de ir pro secreto, onde falamos direito com o Pai [Mateus 6.6].

Já é hora de parar de procurar culpados e se meter em teorias que só servirão pra nos deixar de cabelo em pé e causar palpitações; precisamos erguer os olhos. Independentemente da situação ou do que passamos, nosso socorro vem de D-s [Salmos 121.1-2]. De seu controle nada escapa, ele tudo observa [Hebreus 4.13] e acode nos dias de angústia, por isso não precisamos temer nem mesmo uma crise pandêmica [Salmos 46.1-3].

Que possamos nos voltar à D-s, como fez o povo de Nínive [Jonas 3.4-10], reconhecer nossos pecados [2 Crônicas 6.26-31] e dependência dele e clamar por sua imensa misericórdia. Vamos nos ocupar em conhecer mais ao Pai [Oséias 6.3], pois Ele é quem nos está afligindo e também é o que poderá nos curar [Oséias 6.1].

Ósculos e amplexos,

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